Já não é de hoje que o aluguel na capital paulista sobe. Aliás, consultando os classificados de imóveis, temos a sensação de que os valores, em momento algum decresceram.
Se por um lado o paulistano sofre para manter o aluguel, o condomínio, o IPTU em dia, por outro não são poucas as políticas públicas que, rotuladas de “Revitalização”, favorecem, através de benefícios burocráticos e/ou fiscais a construção de megaprojetos arquitetônicos que promovem a especulação imobiliária.
Tendo o imóvel valorizado, o entorno se valoriza. Sem conseguir sustentar o novo custo de vida que se instaura, pessoas mais antigas no bairro tendem a se mudar.
Essa prática, maquiada pela perspectiva de “desenvolvimento” local é muito comum. A infraestrutura vira um problema privado (hospitais privados, escolas privadas, clubes privados). O Estado se omite.
Não se trata aqui de fazer uma crítica ao mercado (isso seria incoerência), mas sim ao Estado quando este utiliza do mercado para se eximir da obrigação de pautar e coordenar um crescimento e desenvolvimento urbano que seja sustentável em todas as suas dimensões (sociais, ambientais, culturais, etc.).
Enquanto isso, nosso imóveis continuam ladeira acima...
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Um grande abraço a todos!
Instituto Visio de Análise e Pesquisa