sexta-feira, 4 de novembro de 2011

IDH Brasileiro - A melhora que não se sabe bem


Saiu nesse último dia 3 de novembro o novo ranking do IDH dos países calculado pelo Pnud.
O ranking é oficial e tem como base de cálculo índices de renda, educação e saúde (como, por exemplo, número médio de anos de escolaridade e expectativa de vida).



Como era de se esperar, países como a Noruega, Austrália e Holanda ocupam as primeiras posições. O Brasil que, de forma geral, tem melhorado seus indicadores (expectativa de vida, desigualdade de renda, anos de estudo, etc). Não subiu tanto assim no ranking em relação à última lista. Apenas uma posição. Isso não quer dizer, no entanto, que o país não avançou.

A utilização de números médios como elementos para cálculo que visam a comparabilidade entre países é um problema. A dificuldade, por exemplo, de se aumentar os anos médios de estudo no Brasil (que possui uma população próxima dos 200 milhões de habitantes e uma situação de distribuição de renda -  mesmo com programas como Bolsa Família - ainda deficitária) é muito maior que em um país como a Noruega, com pouco mais de 6 milhões de pessoas e diversos processos econômicos já "superados".

Subir apenas uma posição no ranking elaborado pelo Pnud (85º para 84º) pode parecer pouco mas, tendo em vista indicadores internos de desenvolvimento, se comparados com anos anteriores, temos avançado consideravelmente. Assim como subiu a expectativa de vida, subiu o número de pessoas com acesso ao ensino superior, o número de empregados formais, o número de empresas nacionais e internacionais e etc.

De fato ainda se tem muito a fazer no Brasil e índices como IDH, Gini, Theil, devem sim ser utilizados e colocados na praça para análise. A questão é, compará-los com o quê? Com quem? Com que critérios e em que situação? Caso contrário, a busca por condições melhores de vida não passará de uma Copa do Mundo da desigualdade.

Para acessar o site do Pnud e ter acesso aos dados, clique aqui.

Um grande abraço a todos!

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